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EU, JORNALISTA
2014 mais um ano que deixa marcas na minha vida.
A velha é conhecida expressão "perdas e ganhos" nunca foi tão verdadeira.
As perdas deixemos para trás. Sofremos, apanhamos e só resta amenizar as sequelas. Até Shakepeare sabe disso: “Qual a ferida que não sara aos poucos” Otelo - Shakespeare .
Mesmo porque, as perdas não findam a vida, portanto berremos os ganhos aos quatro cantos.
Há poucos dias de completar 60 anos, confesso que doeu muito mais fazer 50. As mudanças físicas e hormonais dos 50 anos, sao tão agressivas que relutamos em aceitá-las. É como se estivéssemos à beira do abismo. O que não deixa de ser uma verdade, só que a queda é lenta, o que nos garante a adaptação, adequação e aceitação do que é ser sexagenária.
Passados dez anos do grande susto, encaro meus 60 anos com absoluta tranquilidade.
Ver meus filhos tornarem-se grandes homens, de caráter e responsabilidade, é sem dúvida o maior ganho da minha vida. Devo isso a eles mesmos, que responderam à altura os incentivos que tiveram.
Minha vida nos últimos 20 anos foi acariciada pela presença constante de meu amor Ricardo, que sempre fez com que eu me visse como a mais especial das mulheres.
Ainda há muito por fazer, quero garantir a chegada aos 70 com a mesma tranquilidade emocional.
E é com grande orgulho que estou comemorando tudo isso com o meu ingresso, já confirmado na Faculdade de Jornalismo, a começar em 2015.
Não havia um planejamento para isto acontecer, mas a oportunidade surgiu e não deixei escapar. Serei jornalista. Se não nesta encarnação, mas na próxima já virei com o curso feito. Quem não sabe ou não lembra o que isto significa, leia este link.
A diferença entre frequentar uma faculdade de jornalismo, estudar jornalismo e ser jornalista é bárbara, mas eu posso dizer que estou na área.
Ganhos que a vida dá.
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